Princípio da Descrença

Como está o seu senso crítico multidimensional? Você acredita em todas as informações que recebe?

Como manter o senso crítico em relação às informações recentes e arcaicas que recebemos?

O Princípio da Descrença é preceito fundamental da Conscienciologia e é contraponto às crenças sobre a realidade e às próprias informações que temos sobre nós mesmos.

Somos, atualmente, submetidos a inúmeras informações diariamente. Segundo estudos¹, passamos cerca de 12h lendo e ouvindo aproximadamente  100 mil palavras todos os dias. Somados a esses novos inputs estão as crenças, dogmas, doutrinas e misticismos que existem desde a idade do bronze, mas que ainda estão ativas nas sociedades intra e extrafísica, sem serem submetidas à comprovação. Também somos impactados por informações que reforçam o materialismo e a crença de que esta vida se resume à dimensão física.

É, portanto, imprescindível que o autopesquisador tenha princípios que o façam pensar criticamente e que o instiguem ao questionamento, à racionalidade e ao senso crítico para apurar o discernimento e ter mais capacidade de separar as informações evolutivas dos equívocos ou manipulações. A subespecialidade da Conscienciologia que estuda o Princípio da Descrença é a Descrenciologia.

 

Definições relacionadas ao Princípio da Descrença

Para apresentarmos a Descrenciologia precisamos começar com definições. Ao pesquisar sobre as acepções – as definições diferentes de uma palavra – percebemos que \”crença\” tem muitas definições, muitas delas semelhantes, porém diferentes. Entre essas definições, está a seguinte, que usaremos nesse artigo:

Convicção sobre a verdade de alguma afirmação ou sobre a realidade de algum ser, coisa ou fenômeno, especialmente quando não há provas conclusivas ou confirmação racional daquilo em que se acredita: Crença no sobrenatural. Tem uma crença inabalável em cartomantes²

O senso comum é de que crença e convicção são sinônimos. Popularmente usamos a palavra \”crença\” para atestar um entendimento da realidade. Neste sentido, crença é um mecanismo automático que dá significado às percepções sensoriais e uma das mais básicas funções da mente humana. É um instrumento para consolidação de experiências prévias e de criação de novas previsões individuais, verdadeiras ou não, sobre como o Universo funciona.

Porém, a crença é apenas uma tentativa de entender o mundo, tendo como base informações anteriores, sejam nossas ou de outras pessoas. Para se consolidar como conhecimento de fato ela precisa ser passível de verificação.

O autor Sam Harris, em a Morte da Fé,citado por Marcelo da Luz em Onde a Religião termina³,  dá um exemplo de verificação de algo que a maioria dos alunos que passaram pelo ensino básico tem: a informação que a molécula da água é composta por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio.

Poucos destes estudantes terão, porém, meios de experimentar esta afirmação. Vão passar suas vidas acreditando que H2O é uma representação verdadeira da água. No entanto, para algumas pessoas mais interessadas, sempre será possível encontrar meios de realizar a experiência laboratorial da eletrólise e, assim, verificar a realidade molecular da água. Com isso, a informação deixa o status de crença para se configurar em fato comprovável, ou seja, conhecimento por meio da experiência.

Também é importante diferenciar Descrenciologia de Descrença. Definida como \”1. Falta de crença, estado daquele que não crê em alguém ou alguma coisa, ateísmo\”² a descrença é, portanto, o antagonismo simples de crença. E é diferente da Descrenciologia no sentido que não substitui a crença por um mecanismo mais sofisticado de conhecimento.

 

O que é o Princípio da Descrença? Senso Crítico e Conscienciologia

No verbete Princípio da Descrença, esta premissa conscienciológica, proposta pelo prof. Waldo Vieira (abril de 1932 – junho 2013), é definida assim, na Enciclopédia da Conscienciologia:

O princípio da descrença é a proposição fundamental e insubstituível da abordagem da Conscienciologia às realidades, em geral, do Cosmos, em qualquer dimensão, recusando a consciência pesquisadora e refutadora todo e qualquer conceito de modo apriorista, dogmático, sem demonstração prática ou reflexão demorada, confronto da causação, lógica e a plenitude da racionalização pessoal.

Pode-se dizer, de forma resumida, que o Princípio da Descrença sugere a substituição da crença – acrítica – por experimentos pessoais, forma mais inteligente evolutivamente de compreender a própria manifestação e o Universo. O Princípio da Descrença está grafado em todos os livros, prédios e salas de aula da Conscienciologia, e é constantemente reforçado nas aulas dos diversos cursos sobre a neociência e obras de Conscienciologia. No vídeo abaixo é apresentado de forma resumida.

Princípio da Descrença (PD) e o Paradigma Consciencial

O Paradigma Consciencial é a proposta fundamental para responder a inúmeros questionamentos e explicar vários fenômenos que vêm sendo ignorados ou excluídos da ciência fisicalista há cerca de 2 séculos, e levantar também outros tantos questionamentos importantes para o desenvolvimento da ciência.

Por meio deste novo paradigma a consciência interessada tem uma forma de estudar a si mesma. Adquire uma capacidade de analisar com cientificidade a si mesma, admitindo por exemplo, as múltiplas dimensões. Na autopesquisa a consciência (você e todos nós) torna-se, simultaneamente, o objeto de estudo, o sujeito e o próprio instrumento de pesquisa. No método da autopesquisa (pesquisa de si mesmo) o pesquisador é o próprio objeto das suas investigações.

O Paradigma Consciencial propõe a ampliação do pensamento científico, oferecendo uma visão integral do Universo e da própria automanifestação. A partir desse novo ponto de vista é possível sair da “dermatologia da consciência”, ou seja: o estudo superficial, material, que representa a “pele” do autodiscernimento, para adentrar profundamente na dinâmica do microuniverso pessoal.

Ao estudar o Paradigma Consciencial, o pesquisador do Princípio da Descrença pode refletir sobre como substituir a crença pela autoexperiência no estudo das múltiplas dimensões, vidas passadas, experiência fora do corpo, entre outros fenômenos extrafísicos (conhecidos como fenômenos paranormais), sem abordagem mística ou materialista. Estuda a consciência sem mediadores.

 

Estes são os preceitos do Paradigma Consciencial e suas relações com o Princípio da Descrença:

  1. Holossomática e PD: Admite a existência do holossoma, ou seja, o conjunto de corpos ou veículos de manifestação da consciência formados pelo soma ou corpo físico (corpo humano), energossoma (corpo das energias também conhecido como holochacra), psicossoma (popularmente conhecido como corpo astral) e mentalsoma (corpo do discernimento). Ao estudar a manifestação holossomática da consciência intrafísica, o pesquisador tem oportunidade de, através dos seus corpos de manifestação, experienciar diversas dimensões e suas interrelações.

A própria vida intrafísica já é um experimento multidimensional.

  1. Bioenergética e PD: Assume a existência e a aplicação lúcida das bioenergias através do energossoma (energo soma: corpo energético formado pelo conjunto de chacras). Várias pessoas vivenciam percepções energéticas e tomam decisões a partir delas, de forma consciente ou não.  São fonte importante de experiência pois trazem informações muitas vezes mais significativas do que a realidade intrafísica pode transmitir.

As energias evidenciam incoerências.

  1. Multidimensionalidade e PD: O senso crítico é multidimensional. A consciência se manifesta em múltiplas dimensões e cada veículo se manifesta preponderantemente em uma dimensão. Esta autocomprovação da multidimensionalidade por meio do fenômeno da Projeção da Consciência (projeção astral é um dos seus nomes populares), por exemplo, é uma prova insubstituível da existência da consciência para além da matéria, sendo uma abordagem não mística, mas científica por meio da ciência Projeciologia.

Nenhuma forma de conhecimento sobre a Projeção Consciente é tão impactante quanto a autocomprovação com criticidade.

  1. Serialidade e PD: Sustenta o princípio de que a consciência é multiexistencial e multimilenar. Ao admitir a serialidade, a consciência intrafísica (conscin) pode se deparar com as etiologias, ou seja, as origens de crenças sobre si mesma que ainda carrega.

Um exame racional, através de técnicas da Conscienciologia, pode ajudar a determinar se estas crenças podem ser de fato verdadeiras ou são autoilusões sobre a própria manifestação. Outra abordagem importante é o estudo das linhas de conhecimento pelas quais você já passou em vidas passadas.

Experiências muito marcantes nas religiões do mundo ou no militarismo, por exemplo, podem criar tendências inatas para dogmas e irracionalidade. Cabe ao autopesquisador interessado investigar e superar estes mecanismos limitados de transmitir conhecimento. O misticismo é, além da religião, um dos modos de produção de crenças e superstições milenares.

A Descrenciologia pode ajudar a superar crenças adquiridas em vidas passadas.

  1. Cosmoética e PD: O paradigma consciencial tem por filosofia moral a cosmoética ou moral cósmica – um princípio mais amplo que a moral humana. Para qualificar o Princípio da Descrença com Cosmoética, sugere-se as reflexões: Qual meu nível de responsabilidade ao falar sobre informações das quais não tenho experiência ou autorreflexão? Quando dialogo com outras consciências procuro uma abordagem antidogmática ou ainda me percebo tentando convencer os outros?

Compartilho de maneira apropriada meus experimentos estimulando que outras consciências realizem os mesmos feitos e façam suas próprias descobertas em relação a si mesmas e o Universo?

  1. Universalismo e PD: É o conjunto de ideias derivadas da universalidade das leis básicas da Natureza e do Universo. As verdades relativas de ponta (verpons) estudadas pela Conscienciologia são passíveis da experimentação de todos, e não limitadas a iniciados ou detentores de conhecimento sectários. A vivência da autopesquisa dispensa mediadores, sacerdotes ou iniciações para entender as realidades multidimensionais.  

As autoexperimentações estão ao alcance de todos os pesquisadores interessados no seu desenvolvimento evolutivo.

  1. Autoexperimentação e PD: O autoconhecimento pode ser um processo na Conscienciologia. O autoconhecimento é qualificado com a autocientificidade. Ressalta-se aqui a importância do princípio da descrença aplicado, inclusive, a si mesmo. O pesquisador deve refletir quanto à possibilidade de estar sendo influenciado por suas crenças pessoais sobre si mesmo durante a condução e as conclusões de suas autopesquisas. 

“A Descrenciologia acaba com o monopólio do heteropoder passando ao autopoder.” (Vieira, 2015)

Cético Otimista Cosmoético – A postura do descrenciólogo.

A Descrenciologia é uma especialidade Conscienciológica que promove o Ceticismo utilizado de forma evolutiva. Utiliza o questionamento como processo de autoconhecimento. Ao questionar a realidade tal como se apresenta, o Descrenciólogo tem oportunidade de compreender melhor os mecanismos evolutivos, promovendo bem-estar íntimo para si e para os outros. É diferente, portanto, das atitudes ceticistas niilistas, que negam apenas as realidades, mas não buscam contrapontos interassistenciais.

Tendo como suporte as nossas próprias vivências e experiências conseguimos qualificar a nós mesmos com pensamento crítico e ter autoridade moral para fazer a Tares – tarefa do esclarecimento – e mostrar o nosso exemplo. Portanto, a postura que se recomenda é a de Cético Otimista Cosmoético, pensador crítico interassistencial.

Ceticismo. Sob a ótica da Experimentologia, o ceticismo otimista cosmoético é o melhor estado de consciência para fazer a abordagem técnica ou paratécnica de pesquisa. (Vieira, 2003 p. 120)

O pensamento crítico pode ser um importante propulsor da evolução. Reflita:

Você admite a utilização do Princípio da Descrença no seu dia a dia? Consegue perceber adventos evolutivos do questionamento?

Saiba mais sobre Princípio da Descrença e o IIPC

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