A Projeciologia, ou a ciência criada para o estudo da experiência fora do corpo, é antes de tudo, uma ferramenta de autoconhecimento pois dá suporte para o indivíduo investigar, analisar e refletir com o máximo de isenção possível seu universo íntimo. Em sua metodologia fundamentada no modelo da autopesquisa e experimentação, elimina ‘achismos’ e sentimentalismos na avaliação pessoal.
A proposta de autopesquisa da Projeciologia é desafiadora para a maioria, principalmente para as pessoas acomodadas à zona de conforto ou a uma rotina que não gera estresse positivo, bem como às pessoas acríticas, que não conseguem se analisar com isenção e não aceitam heterocríticas. As pessoas dogmáticas ou místicas também têm dificuldades em exercitar as técnicas desta nova ciência, pois ou estão presas a conceitos ultrapassados ou creditam a capacidade de mudança a elementos externos. Os indivíduos que já percebem a necessidade de mudanças, mas afundam-se em justificativas, muitas vezes para manter ganhos que são secundários, também enfrentam desafios extras ao buscar as práticas da Projeciologia. A esses a ciência cunhou o termo de ‘autocorruptos’, ou seja, são indivíduos que corrompem a si mesmo.
O conhecimento dos talentos evolutivos, qualidades ou os traços força, desenvolvidos em vidas anteriores são importantes ferramentas de autopesquisa. O indivíduo – ou consciência na denominação da Projeciologia – é hoje o resultado de suas conquistas evolutivas, da bagagem positiva de suas vivências que faz toda a diferença no desempenho de sua programação para esta vida. Como exemplos desses talentos podemos citar a autodeterminação, autosuficiência, racionalidade, discernimento e criatividade.
São traços adquiridos no empenho e superação das dificuldades pessoais enfrentadas durante o período em que a pessoa esteve ocupando um corpo físico anteriormente. A consciência incorpora qualidades por meio de repetidas experiências em uma mesma vida ou em vidas diferentes. Quando há constância na aplicação de uma qualidade em vidas sucessivas, desenvolve-se um mega traço positivo, elemento que pode ser usado como alavanca da evolução pessoal.
Os talentos evolutivos são resultados da manifestação menos egoísta da pessoa, ou seja, tem relação com atitudes de solidariedade, de assistência aos demais. É quando a consciência sai de si, quando tem uma conduta mais altruísta, que consegue desenvolver traços positivos, uma vez que as manifestações voltadas para o próprio ego sacralizam traços imaturos ou os fardos que pesam na evolução pessoal.
Mas a maioria das pessoas não reconhece suas qualidades mais evidentes. Pior: muitas vezes não as identifica porque vive sob o estigma de que só tem defeitos, o que gera comiseração, autoculpas e outras reações emocionais negativas. Você saberia citar sem muita demora três traços pessoais positivos seus? Toda tentativa de identificar os talentos é válida. Em especial os mais vigorosos, capazes de dinamizar nossos esforços evolutivos.
Há situações em que a não identificação dos traços pessoais é resultado do comodismo do indivíduo, uma vez que seu reconhecimento implica na responsabilidade de assumi-lo. E então a pessoa troca a autossuperação por ganhos secundários, que no primeiro momento se mostram mais ‘confortáveis’. O uso dos traços força é justamente o suporte para vencer o comodismo que impede o indivíduo de fazer as mudanças necessárias em sua vida.
O retorno imediato no investimento para agregar traços positivos à consciência é a libertação das reações instintivas, desequilibradas do indivíduo. Na lógica da evolução, a consciência agrega talentos ou traços força pessoais a partir da ordem evolutiva natural, pela qual tem mais maturidade quem desenvolver mais suas potencialidades.
Rosane Amadori é jornalista e professora do Instituto Internacional de Projeciologia e Conscienciologia (IIPC), instituição de educação e pesquisa científica, laica, sem fins lucrativos. Conheça a programação local no site www.iipc.org.br